" E és tu, Zé-Ninguém, que fazes do grande homem
um paria quando o seu pensamento correto e duradouro
enfrenta a mesquinhez e a precariedade das tuas convicções.
És tu que o condenas à solidão, não à solidão que gera
grandes obras, mas à solidão do temor da incompreensão
e do ódio. Porque tu és “o povo”, a “opinião pública” e a
consciência social”. (...) Zé-Ninguém, tu estás sempre do
lado dos opressores. (...) Eu sei que não és apenas medíocre,
Zé-Ninguém. Sei que também tens as tuas grandes horas na vida,
momentos de “júbilo” e “exaltação”, de “vôo”. Mas falta-te a coragem
para subir cada vez mais alto, para manter a tua própria exaltação."
(Wilhelm Reich, 1946)
Querido e para sempre presidente, "Escuta, Zé-Ninguém!" é um dos livros do autor que se dedicou ao que denominou de "peste emocional". Reich muito investiu em pesquisas para compreender essa "peste".
Psiquiatra e psicanalista, de família judia, da Áustria, viveu entre 1897 a 1957. Fugiu do nazismo, passou por vários países da Europa e, por fim, chegou aos EUA, onde foi investigado pelo FBI, que suspeitava que tivesse atividades subversivas.
Neste livro, Reich escreve ao povo, a quem denomina de "Zé-Ninguém". Reich faz uma crítica ao próprio povo, sem papas na língua.
Espero que goste da leitura eque este livro ajude a entender o povo brasileiro.
Boa leitura!
Com carinho,
Luzia Cardoso Lula
Nenhum comentário:
Postar um comentário